A ORIGEM

Atualmente, discute-se muito sobre a importância da atividade física para a saúde do indivíduo. Indubitavelmente, desde o final do século XX o culto ao corpo e a preocupação com a ausência de doenças tem se intesificado bastante. Os veículo de comunicação cada vez mais guardam um espaço em sua grade para tratar sobre o assunto. Revistas especializadas no tema são cada vez mais recorrentes e vendáveis. Com o advento da internet e seu faço acesso às informações, as notícias sobre saúde e qualidade de vida estão disponíveis para quem quiser. Basta um clique e o Google lhe dá todas as dicas sobre hipertensão, colesterol, massa muscular, condicionamento físico, perda de gordura, ingestão calórica etc, etc, etc...
 

Como professores de Educação Física, sabemos, de fato, sobre a importância em disseminar essas questões para a população. Porém, vemos este cenário de forma mais crítica e reflexiva a ponto de percebermos algumas lacunas a serem preenchidas.
 
Sempre quando é falado e exibido este assunto na mídia, é comum vermos sempre como pano de fundo o Rio de Janeiro. A orla e as praias, academias de ginástica modernas e bem equipadas, corpos bem esculpidos, um belo sol da manhã, roupas e calçados da mais alta tecnologia e sempre um sorriso no rosto. Essas são algumas características possíveis de se encontrar com facilidade em propagandas sobre saúde e atividade física. 


Numa cidade desigual e partida (porém não menos linda e exuberante, afinal somos cariocas e otimistas!), onde só a 'Cidade Maravilhosa' é retratada pela Zona Sul, será que todos têm acesso a isto? Se só o que é mostrado está localizado num determinado local da cidade, como os demais cariocas poderão usufruir disto? Se temos uma grande desigualdade de renda, como os cariocas poderão pagar por estes ítens para obter esta saúde e qualidade de vida? Afinal, todos estão inseridos nesta bela forma de se vender atividade física e saúde? Ou só apenas alguns consumidores podem alcançar este desejo tão fomentado nos dias de hoje?